sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Quantidade versus qualidade

Será que a Medicina em que eu acredito tem mais valor que a sua ou vice-versa? 
Será que serei aniquilada pelo meio?
Será que um dia a pesquisa qualitativa terá importância como a quantitativa? 
O mero formulário será subjugado diante da complexidade, subjetividade do aprofundamento?
Será que um dia estudaremos primordialmente a questão dos impactos e não a facilidade, lucro e Biopoder?
Resolvi me assumir neófila, cuja satisfação se advém não só do novo como também da relação em buscar a diferença e transformar o meio vigente. E isso não é fácil, porém encantador. Eu poderia entrar nos laboratórios tradicionais de pesquisas quantitativas, contudo, com essa sede já dita me apropriei de um de qualitativa. Concerne no aprofundamento, na subjetividade e na singularidade. Buscar aquilo que me arrepia constantemente, pois embalsamar meus olhos já é muito normal. Perceber que a ansiedade do instante não me toca para acabar. E mais do que isso! Sentir-me mais humana em meio a essa ciência que insiste em ser ciência sem humanas e/ou social. Mas nessa frieza, nesse trâmite em fazer-me calar, cada dia tomo força em me aceitar ser diferente do que vejo.
Terei importância? 
Será que serei ouvida em meio a megafones tradicionais e conservadores?

Tenho medo, mas não estou só.

Tenho medo, mas ele não me faz parar e sim ir adiante nesse mundo em que resolvi mergulhar.
Nunca me senti tão feliz em meio a tantas escolhas gostosas, as quais julguei serem boas para mim.
Existem, sim, diversas Medicinas. Se a sua tem mais força perante à minha, tudo bem. Entretanto, a minha Medicina, aquela em que eu acredito tem-se uma força muito maior.
Muito, muito maior!

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