quinta-feira, 12 de junho de 2014

  A arte de começar um texto, fazer um capítulo e travar no próximo. Como digito, não há folhas amassadas por ai, há coleções de trechos inacabados em um rascunho esquecido. E infelizmente, não se volta ao sentimento daquele dia, daquela madrugada, daquela lágrima. Teria como reciclar fragmentos de ideias, suspiros profundos, traduzidos em dedos epiléticos e reflexões fugazes?
  Responda-me se for capaz. 
  No momento, percebo que em doses homeopáticas, transfiro minha coragem a tantos olhares, a tantas faces e faces e me deparo, principalmente, com a minha autoavaliação e com meus próprios nãos. 
  Espero um dia libertar de todos eles, ou nem todos, ou somente o bastante para expor meu clamor.
Pratique a arte do pensamento e escute cada ruido do seu coração. A mente grita junto á procura de respostas. E onde elas estão? Nas tentativas, nos erros e nos acertos, nas somas de nossas experiências? Nas estratégias, dos planos de sentir segura, saber onde, como e com quem está lidando? 
"Eu só não quero me magoar", disse aquela garota que já estava cansada de quases, metades e reticências, de lágrimas vazias e silenciosas pelas medrugadas, de escudos, de muralhas, de viver acuada, de mostrar uma onça experiente e ser apenas um filhote deixado prematuramente na floresta de pedra.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

"O homem nasce bom, a sociedade o corrompe". Começarei dessa frase, pois á medida que vou analisando as coisas, vejo que Rousseau estava certo. Creio eu que, ao dizer sociedade, o filósofo quis abranger todas as corrupções. Eu, já penso em abrir essa sociedade no aspecto romântico, dos relacionamentos. Será que aquela menina/ mulher que pisa, trata mal corrompe aquele menino carinhoso, atencioso e ideal? Será que aquele cafajeste, que não tá nem ai para os sentimentos de uma menina sonhadora e amável tbm a corrompe? Estamos sujeitos a diversas corrupções. Talvez a lei da natureza nos faz ser mais rígidos perante aos sentimentos, depois de tantos tapas na cara. Não é minha intenção culpar o homem que tanto amei, que tanto me fez sofrer e jogou meus sentimentos no lixo, a me transformar nessa caçadora de prazer, nessa fera que esconde o medo de amar e sofrer novamente, mas que ele tem uma parcela de culpa, ahh isso tem.
Vejo meninos se declarando, sendo extremamente fofos e a sociedade/ mulheres exigindo deles que sejam cafajestes, garanhões, que não procurem, nem liguei no dia seguinte. Confesso que até eu sou uma dessas que enjoa ao ver um homem aos meus pés, quando se trata de desafio. Mas pensando bem, poxa, é lindo ver um menino se permitindo em mostrar seus sentimentos sem medo de ser feliz, embora, ache que ainda seja necessária cautela. Geralmente, vemos mais meninas sofrendo, morrendo e respirando de amor não correspondido, contudo, há tbm o outro lado da moeda. Somos sofredores, somos masoquistas em busca de um sossego, tornamo-nos animais acuados, que desconfiam de um carinho, de uma palavra verdadeira, de um "Bom dia, boa tarde, boa noite, como foi seu dia?" sem que haja algum interesse por trás ou sem que haja prazo determinado. Tornamo-nos seres medrosos, pois sabemos a dor de um balde de água fria. E cá, paro e me lembro daquela frase: "Não devemos estragar um amor presente por conta do passado." Sim, essa é a melhor forma de viver, porém, inevitavelmente, somos parcelas do nosso passado, somos pedaços de nossas convivências, e são as experiências sejam elas boas ou ruins, que arquivamos em busca de um "novo". A questão seria arriscar mesmo assim? Esquecer o passado? Não, esquecer aniquila tdo sem nenhuma limitação e sempre devemos tirar algo bom das coisas. Então devemos apanhar, continuar apanhando, pisar e sermos pisados? Parei e vi que não tenho respostas...Talvez se permitir em ser quando acha que deve, quando ver reciprocidade. A vida está rodeada de testes, e cabe a nós decidir se vale arriscar ou não...As que arriscam, erram muito, de fato; mas pelo menos vivem. 
Deixe-se viver...

terça-feira, 3 de junho de 2014

Tantas questões a serem discutidas, que chega a ser dificil pautar e enumerar qual é a mais importante.
A casa está bagunçada, eu sei, e pior, a sujeira está sendo varrida para debaixo do tapete, pois a lei do momento é aproveitarrrrrr. Estravasar ao máximo, fazer coisas que dificilmente farei futuramente,
embora também tenha que me envolver com questões do coração e da mente e praticar o ato do pensamento. Por conta disso, paro e contesto: até que ponto devemos confiar nas pessoas? Será que temos que sempre confiar, desconfiando? Eu não entendo essa segunda conduta, mas também não me permito mais uma vez me jogar em uma psicina de 5 metros de profundidade SEM água. De agora em diante, além de um pé atrás, estarão os dois, estarão tbm os membros superiores e toda a observação do mundo diante de tantas máscaras, condutas ruins que estão por ai.
Pessoas boas devem estar protegidas,
Tempos atrás me intitulei como ingênua, daquelas que acredita em tudo que dizem até provarem ao contrário. Eu não entendia muito bem quando minha mãe dizia que nesse mundo em que vivemos, devemos ser hipócritas, e que eu não sabia ser. No entanto, perante a tanta sacanagem e maldade, vejo que por mais que vc seja bom, proteja-se, preserve-se e seja forte para viver nesse campo minado. Quando souber de alguma passagem para outro mundo, é pra lá que eu vou! Não sou daqui e como é difícil se adaptar em meio a tantas crueldades a bel prazer.
Me adaptei na efemeridade, na mutabilidade e na volubilidade, mas viver de quase, metade e reticências, também cansa. Ser mestra na arte dos jogos da sedução, ser lúdica e criativa, manipular palavras em busca do ser almejado é ótimo, mas ser ou mostrar só isso tem se tornando tão superficial, a ponto de me preocupar se minha vida tbm será assim. Nunca fui rasa, gosto de personagens esféricos, complexos, mas e o medo? Esse medo que não me permite ir a fundo nas relações, dar o melhor de mim, o que melhor que posso ser, o além do que pareço ser. Estou casada, cansada de me segurar em artimanhas, prazeres momentâneos e passageiros. Posso estar cansada em escrever sobre, afinal sei bem que posso amanha escrever tudo ao contrário e me parabenizar por agir assim. Mas uma coisa é certa: a vida precisa de equilíbrio e eu só queria um amor para aprofundar, que me permitisse ser quem eu sou em meio a essas milhões que posso ser. 
Vivemos em um mundo em que as pessoas vivem em defesa, recuadas, com escudos e muralhas em torno de si. Defendem como podem. Umas utilizam a agressão como forma de defesa, outros preferem sair por cima a todo custo, uns privilegiam o silêncio ou a tangente. Devem existir outros escudos espalhados por aí. A arma não é e nunca foi a melhor defesa ao meu ver. Prefiro o silêncio, tentar não me rebaixar perante ás injustiças ou julgamentos sem fundamentos. Se eles doem?! É claro que doem, mas se eu me manifestar, explodindo minha indignação, estarei dando créditos ao agressor. A verdade é que todos irão te machucar, resta saber se vale a pena sofrer e como vc reage perante ás adversidades. Afinal, o controle mental e corporal próprios só dependem de vc!